Corinthians explora opção de vender parte da Arena na bolsa de valores em negociação com a Caixa

O Corinthians está em avançadas negociações com a Caixa Econômica Federal para vender até 49% das cotas da Neo Química Arena na bolsa de valores. O clube almeja manter seu status como controlador do estádio, mas busca se livrar dos encargos de juros associados ao financiamento da construção concedido pela Caixa. As conversas, que já perduram por meses, contam com a assessoria da KPMG, empresa que auxilia o Timão nesse processo estratégico.

Objetivo Estratégico

A principal meta do Corinthians é liberar-se dos pesados pagamentos de juros à Caixa, programados para atingir quase R$ 100 milhões em 2023. Wesley Melo, diretor financeiro do clube, destaca a possibilidade de um fundo, detentor de 100% da Arena, ser colocado no mercado. O entusiasta do projeto brinca: “A Leila é mais do que bem-vinda”, referindo-se à presidente do Palmeiras. O diretor está otimista quanto ao avanço da negociação, que, embora possa se estender para a próxima gestão, está bem encaminhada.

Modelos de Negócio em Pauta

Dois modelos de negócio são discutidos: um investidor de maior capacidade financeira realizaria um aporte significativo, adquirindo uma quantidade expressiva de cotas, enquanto um percentual menor seria destinado à negociação pública na bolsa de valores. A segunda opção contempla a oferta de todas as cotas disponíveis, até 49%, aos investidores na bolsa. Os compradores receberiam dividendos provenientes das receitas da Arena, transformando o estádio em um produto financeiro acessível aos torcedores.

Transformando a Arena em Investimento Acessível

Wesley Melo esclarece que a iniciativa não se trata de uma “vaquinha”, mas sim de transformar a Arena em um produto financeiro para os torcedores corintianos. Com as cotas disponíveis no mercado, qualquer pessoa registrada na B3 poderia adquirir uma parte do estádio, inclusive torcedores de clubes rivais. O diretor destaca: “A Leila é mais do que bem-vinda. Adoraria que ela comprasse, adoraria, não iria me importar, não.” Essa estratégia visa angariar recursos para negociar com a Caixa e efetuar o pagamento do financiamento.

Fonte: ge.globo.com